Ficar quando nos faz bem é uma forma libertária de seguir.
Para finalizar minha trilogia Liberdade, Partir e, agora, FICAR.
Toda essa história tem início no autoconhecimento. Não há como escapar. Dizer bem a verdade, existem incontáveis formas de seguirmos apartados de nós mesmos em um eterno looping adolescente. Nenhuma delas me interessa.
Confio que nossa gana pessoal deva ser por nos entendermos, nos aceitarmos e nos perdoarmos. Um comportamento muitíssimo mais sedutor do que negar nossa própria essência.
A duras penas, cá estamos para aceitar que o saber verdadeiramente sobre nós e o abandonar formas imaturas de controle viabilizam a liberdade, pressupõem seguirmos em frente, mas também, e ainda bem, nos garantem a possibilidade de permanecer.
Como se passássemos a usar óculos de grau que nos fazem finalmente enxergar o brilho das árvores e recuperam o foco para nosso caminhar. Assim é a escolha por ficar. Seja na casa que nos acolheu ou no beijo que nos faz estancar o tempo. Ficar com consciência de nós mesmos é conquistar a paz.
Fim.