Porque parar é necessário para prosseguir.
Se a vida fosse uma prova de revezamento entre atletas seria muito mais tranquilo.
A verdade é que não somos treinados e ninguém troca com a gente a cada 250 metros.
Seguimos na corrida, segundo a segundo, sem saber exatamente onde é a linha de chegada.
Mas, dizem, e eu acredito de corpo e alma, que o caminho é que vale a pena e não a chegada.
É por isso que precisamos nos conceder alguns momentos de pausa.
Se não for possível um sabático, que a gente possa fazer pausas homeopáticas de nós mesmos em meio ao nosso caos.
Olhar para o horizonte e respirar profundamente pode ser a pausa possível numa tarde estressante no trabalho.
Uma caminhada de trinta minutos escutando o silêncio pode nos dar o pique que faltava passar os próximos dias.
Pés descalços num parque sempre que der é pausa raiz e talvez a melhor delas.
Permissão. É isso que nos damos quando paramos de acelerar. Deixar em “ponto morto” numa ladeira pode ser exatamente a metáfora que precisamos para dias mais leves.
Não quero uma vida rasa. Mas quero leveza em meio à profundidade da paternidade.
Ontem mesmo, disse para o Gianluca: estou sem inspiração para lidar com teu ranço de adolescente, me dá uma trégua hoje. E ganhei esse generoso armistício.
Pedir para parar é libertador.
Como pai, tendo a achar que devo ter resposta para tudo. O segredo é justamente este: não ter. Mesmo. Seguir fazendo perguntas, pesquisando respostas. E permitir-se folgas para encontrar caminhos.
Hoje é um dia desses. Em que me permito respirar mais do que hiperventilar. Focar mais do que penar.
Pausas são estratégicas. Faça esse bem para você. Agora.