Quando me convidam para fazer alguma palestra, geralmente me sugerem um dos tantos temas relacionados à paternidade.
Dessa vez, a pauta foi o colo. Seus benefícios e malefícios. Foi aí que parei o que estava fazendo e vim aqui conversar contigo.
Veja bem: o único mal que o colo (e o excesso dele) pode trazer é uma dor absurda nas nossas costas já nem tão novinhas.
Pensa comigo. Já vimos adultos irresponsáveis fazendo tanta coisa feia. O que dizemos? Falta de limite.
Vez ou outra, damos de cara com criaturas desrespeitosas. Falta de pai e mãe. E de limites.
Quando estamos naquele espaço kids bacana e uma pobre criança insiste em destruir tudo e melar todas as brincadeiras, o que temos? Uma criança implorando por atenção e afeto.
Ou seja, busquei em todas minhas referências e experiências e não consegui catalogar um ponto negativo do colo.
Veja bem, estou falando do colo que damos ao nosso bebezinho. Frágil e indefeso, é aqui, no calor dos nossos braços, que encontra a segurança para enfrentar esse mundo novo.
Também me refiro ao colo que damos ao nosso filho crescido, naquela fase em que é grande demais para manha, mas pequerrucho para resolver todas suas dores sozinho.
Nenhum desses colos “estraga” alguém. O que realmente pode estragar pessoinhas é justamente o que deixa de acontecer entre um colo e o outro. A falta de afeto ou aquele olhar de compreensão que nunca chega. Esses, sim, deixam cicatrizes profundas.
A maciez de um colo de pai e mãe ensina tanto. Nos mostra que o amparo começa pelo abraço e acaba na cumplicidade entre os dois corações aconchegados.
Com o tempo, se tivemos a sorte de ter recebido muitos colos na vida, conseguiremos dar apoio para nossos maiores amores. Na vida adulta, só dá colo, o real e aquele no sentido figurado, mas incrivelmente necessário, quem não teve racionamento de afeto na primeira infância.
Então, não me venha com ladainhas sobre mimar a criança ou “estragar” o bebê. Afeto só faz bem. Limite também. Mas nunca use os dois na mesma frase. Apenas nesta é permitido: nunca limite o afeto.
No mais, ignore o título deste texto. Quem faz as regras é você.
Bah, me identifiquei.
Sou Pai e sempre procuro, nos momentos certos, dar o colo amigo, o colo parceiro, o colo do amor que deixa claro o quanto amamos nossos filhos mesmo que sejamos obrigados a ser duros e rígidos em determinados momentos.
George, que nunca falte afeto e limite, quando necessário. Abraço!
Eu sou mae solteira,e tenho so um filho que esta com 45 anos. Quando bebe ,quase nao ganhava colo.Eu tinha que trabalhar,e ele ficava com minha mae; que nao tinha tempo de ficar no colo. Em fim ,numca faltou amor carinho ,e ducaçao. e amado e respeitado por todos. Sendo assim nao acredito que colo nao faz a diferença.
Oi Hortência! Claro, o colo acontece de várias formas. O amor e carinho, toda tua dedicação é o melhor colo que pode existir!