O peste do espaço kids 2: ele vai à escola

Figura famosa aqui pelo Blog Pai Mala, o peste do espaço kids já rendeu um texto, atualmente com quase 15 mil orgulhosas visualizações:  “O peste do espaço kids”. (Não leu ainda? Sério? Corre pra lá!! Clica aqui, mas depois volta)

Bom, eis que em dias úteis, essa criaturinha também vai à escola. Eis que desconfio que um desses pestinhas é colega do meu filho. Eis que esta é a história que tenho pra contar hoje com a promessa de entregar uma solução para lidar com eles, que, se vocês já leram O peste do espaço kids parte 1, sabem que também é uma grande vítima.

Essa semana, meu mais velho enfrentou um problema na escola: um colega, com alguns problemas típicos de um “peste do espaço kids”, tem tirado a tranquilidade dele, e esse quadro tem desestabilizado até mesmo a harmonia em sala de aula, o que pode ser um grande problema quando se tem 10 anos de idade.

Pois bem, já está virando rotina na turma e ontem nossa família se estressou com essa situação.

Enfim, espero que esse menino também saia dessa numa boa, mas quando recebo um filho claramente entristecido e desmotivado, sei que alguma coisa aconteceu. E, ao perceber o sofrimento do nosso menino alegre e expansivo, nos socorremos do nosso trio avengers super-heróis com poderes extrassensoriais, fundamentais para a educação dos filhos: amor, limite e exemplo.

Acredito que esse trio é inseparável, um não anda sem o outro, e formam o tripé para qualquer educação que tenha ambição de ser boa, e é sim, o grande segredo para nos sairmos bem como pais ou mães.

Amor sem limites é irresponsabilidade; limite sem exemplo é hipocrisia; e, finalmente, limite sem amor é autoritarismo.

Quando nosso filho erra, o que fazemos?

Conversamos, nos esforçamos para entender o contexto, os sentimentos e a malandragem envolvidos. Ouvimos ele. O que é isso? É amor, o primeiro dos super-heróis.

A partir daí, fazemos ele enxergar o lado do outro e quais limites ele ou o colega ultrapassaram. E, quando é o caso, deixamos clara a responsabilidade dele no episódio e as consequências ruins que ele mereceu e/ou merecerá. O que é isso? É limite. Avenger com poder extra.

Mas neste caso, o buraco é mais embaixo. Quando percebemos que o problema está mais no outro, e que a situação extrapolou uma saudável pegação de pé entre colegas, quando vemos que o ciclo não vai ter fim, bom, ai o que fazemos? Vamos à escola conversar com quem tem ingerência naquele universo.

E, agora, o que é isso? Isso é exemplo, amor e limite. Tudo ao mesmo tempo, numa ação.

Ao nos interessarmos pela “vidinha” dos nossos filhos – e afinal é por isso que viramos pais, para que eles possam ter uma vida e para que nós façamos parte dela –, ao nos envolvermos com os dilemas dos nossos pequenos, estamos mostrando claramente que este em si é o caminho para solucionar conflitos (damos exemplos de condutas) por meio da empatia (amor) e da demarcação de um plano de ação (limite).

Fácil não é. Você vai precisar de muita perseverança porque isso vai acontecer repetidas vezes. E você vai precisar desse trio, cada vez numa configuração diferente. Nem sempre dá certo também.

Mas e por que vale a pena?

Porque o fundamental mesmo é curtir cada um desses (eventualmente dolorosos) momentos. Ver no rostinho do teu filhote, o amadurecimento, resultado de cada um desses dias, é tal qual Mastercard: não tem preço.

E, fundamentalmente, estar ao lado dele quando esses momentos mágicos de amadurecimento acontecem é como ter acesso a uma área vip do paraíso por breves segundos. A gente sabe, eles crescem, então aproveitemos cada um desses momentos enquanto eles ainda nos permitem essa proximidade. Aproveitemos esses momentos únicos.

Por isso virei pai. Agradeço todos os dias por poder me emocionar com o simples e com o sublime da paternidade. Por dentro, choramos junto com ele, mas depois de muita conversa, saímos para jantar, os três, para brindar o seu crescimento. Cá entre nós, o nosso também.

Meu amor, o papai (mala) vai estar sempre aqui. Vamos usar o trio mágico e sempre nos salvar e crescer, juntos.

Até a próxima.

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